quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Resumão para Recuperação


                                      Yeltsin e Gorbatchev conduziram o processo de abertura política e econômica da União Soviética.
A queda do governo de Stálin trouxe à tona uma série de transformações que abriu portas para o fim da centralização política promovida pelo stalinismo. No governo de Nikita Kruchev, várias das práticas corruptas e criminosas do regime stalinista foram denunciadas. Depois de seu governo, Leonid Brjnev firmou-se frente a URSS de 1964 a 1982. Depois desse período, Andropov e Constantin Tchernenko assumiram o governo russo.

Nesse período, os problemas gerados pela burocratização do governo soviético foram piorando a situação social, política e econômica do país. O fechamento do país para as nações não-socialistas forçou a União Soviética a sofrer um processo de atraso econômico que deixou a indústria soviética em situação de atraso. Além disso, os gastos gerados pela corrida armamentista da Guerra Fria impediam que a União Soviética fosse capaz de fazer frente às potências capitalistas.

A população que tinha acesso ao ensino superior acabou percebendo que o projeto socialista começava a ruir. As promessas de prosperidade e igualdade, propagandeadas pelos veículos de comunicação estatais, fazia contraste com os privilégios a uma classe que vivia à custa da riqueza controlada pelo governo. Esse grupo privilegiado, chamado de nomenklatura, defendia a manutenção do sistema unipartidário e a centralização dos poderes políticos.

No ano de 1985, o estadista Mikhail Gorbatchev assumiu o controle do Partido Comunista Soviético com idéias inovadoras. Entre suas maiores metas governamentais, Gorbatchev empreendeu duas medidas: a perestroika ( reestruturação) e a glasnost (transparência). A primeira visava modernizar a economia russa com a adoção de medidas que diminuía a participação do Estado na economia. A glasnost tinha como objetivo abrandar o poder de intromissão do governo nas questões civis.

Em esfera internacional, a União Soviética buscou dar sinais para o fim da Guerra Fria. As tropas russas que ocupavam o Afeganistão se retiraram do país e novos acordos econômicos foram firmados junto aos Estados Unidos. Logo em seguida, as autoridades soviéticas pediram auxílio para que outras nações capitalistas fornecessem apoio financeiro para que a nação soviética superasse suas dificuldades internas.

A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou uma cisão política no interior da União Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e militar faziam forte oposição à abertura política e econômica do Estado soviético. Em contrapartida, um grupo de liberais liderados por Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das mudanças com a promoção da economia de mercado e a privatização do setor industrial russo. Em agosto de 1991, um grupo de militares tentou dar um golpe político sitiando com tanques a cidade de Moscou.

O insucesso do golpe militar abriu portas para que os liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de 1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na Rússia, as nações que compunham a União Soviética começaram a exigir a autonomia política de seus territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os primeiros países a declararem sua independência. No final daquele mesmo ano, a União Soviética somente contava com a integração do Cazaquistão e do Turcomenistão.

No ano de 1992, o governo foi passado para as mãos de Boris Ieltsin. Mesmo implementando diversas medidas modernizantes, o governo Ieltsin foi marcado por crises inflacionárias que colocavam o futuro da Rússia em questão. No ano de 1998, a crise econômica russa atingiu patamares alarmantes. Sem condições de governar o governo, doente e sofrendo com o alcoolismo, Boris Ieltsin renunciou ao governo. Somente a partir de 1999, com a valorização do petróleo no governo de Vladimir Putin, a Rússia deu sinais de recuperação.
A Nova ordem econômica internacional


Com o fim do bloco socialista, instaurou-se uma nova ordem mundial com a completa hegemonia da ordem capitalista. Esta passou a uma nova etapa econômica e produtiva liderada por grandes conglomerados empresariais, possuidores de enormes volumes de capitais.

Passou-se a globalização do mercado, com a irradiação dos negócios mundiais, estimulando a formação de blocos econômicos, associações de livre mercado que derrubaram antigas barreiras protecionistas, principalmente a partir da década de 1990.

À frente dessas organizações está a NAFTA (North American Free Trade Agreement – Acordo Norte-americano de Livre Comércio), sob a liderança dos Estados Unidos e envolvendo o Canadá e o México, a UE (União Européia), tendo a economia alemã a mais forte, o bloco do Pacífico, a APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation, traduzido, Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), sob comando do Japão e o Mercosul Mercosul (Mercado Comum do Sul), formado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

A principal força do capitalismo coube ao G7 (Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Japão), grupo dos países ricos.

Acrescentou-se a limitação dos gastos governamentais, com a prevalência da economia de mercado. A busca de um “Estado mínimo” para a não intervenção na economia ocasionou a diminuição dos gastos públicos com saúde, educação e outras políticas sociais. Com a nova lógica capitalista ganhou força as privatizações, com a venda das empresas estatais de diversos países.

Em meio à globalização econômica, a nova ordem mundial passou a gerar mais desigualdades socioeconômicas. De um lado, os países capitalistas desenvolvidos dos três principais blocos econômicos (NAFTA, União Européia e bloco do Pacífico). Do outro, os países subdesenvolvidos, em sua maioria situados no hemisfério sul, com graves crises socioeconômicas.