segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Brasil: Dutra, Getúlio, Jk, Jânio e Jango


Dutra e Getúlio

               O general Eurico Gaspar Dutra, candidato da coligação PSD e PTB, venceu as eleições presidenciais por 55% dos votos. Vargas também se sentiu vencedor das eleições de 1945 por ter apoiado o presidente eleito e  eleger-se senador por dois estados: São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em 18 de setembro de 1946, foi criada a nova constituição que:

    Defendia o Brasil como uma republica federativa presidencialista,

    Garantia ampla liberdade de pensamento, de expressão e de associação,

    Concedia grande autonomia a cada um dos três poderes;

    Permitia o direito de voto a todos os brasileiros de 18 anos,

    Também garantia aos trabalhadores o direito de greve,

     Proibia as greves em “atividades essenciais” sendo que na pratica, quase todas as greves eram proibidas.

        Dutra optou por aliar-se declaradamente aos Estados Unidos, por isso rompeu relações diplomáticas com a União Soviética, cassou o registro do partido comunista do Brasil e os mandatos dos políticos eleitos por esse partido, como o do renomado escritor Jorge Amado.

         A economia só voltou a crescer quando Dutra restabeleceu o controle sobre as importações dificultando as importações ao mesmo tempo em que houve aumento do preço do café no exterior.

         Vargas também venceu as eleições presidências de1950 quando defendia o nacionalismo, a industrialização e a ampliação das leis trabalhistas. Com isso obteve 48,7% dos votos.

          Para apagar da memória dos brasileiros a imagem de ditador e reforçar a de “amigo dos trabalhadores” Vargas voltou a praticar o populismo estabelecendo uma relação direta e emocional com os trabalhadores.

          Mas, apesar da popularidade, os trabalhadores estavam insatisfeitos com a alta inflação e seus baixos salários, quando organizaram greves que explodiram em todo país. Para resolver a situação, Vargas nomeou João Goulart (Jango) como Ministro do Trabalho, que negociou com os trabalhadores e prometeu aumento de 100% do salário.

          Apesar da pressão de Carlos Lacerda e da UDN, depois de demitir Jango do cargo, Vargas autorizou o aumento em 1° de maio de 1954.  Porem esse aumento forneceu argumento para que o jornalista Carlos Lacerda iniciasse uma campanha difamatória contra Vargas.

          No final de seus discursos Lacerda exigia a renuncia do presidente. Vargas não renunciou ele preferiu se suicidar em 24 de agosto de 1954 com um tiro no coração. Quando o locutor do telejornal “repórter Esso” informou que Vargas havia se suicidado, uma onda de dor e indignação percorreu o país, o comércio e a indústria fecharam as portas, uma multidão enfurecida tomou e incendiou os caminhões de entrega de jornais da oposição. Essa foi a queda de Vargas. 


De Juscelino a Jango: Crescimento econômico e populismo 


          Brasília gerou e continua gerando polêmica: para uns, foi a prova da extraordinária capacidade de realização do presidente Juscelino Kubitschek; para outros, não passou de desperdício de tempo e dinheiro.

          Após a morte de Vargas o povo brasileiro voltou ás urnas e elegeu Juscelino Kubitschek de oliveira como presidente da republica e João Goulart como vice- presidente.

          Como presidente Juscelino prometeu que o Brasil iria progredir “50 anos em 5”. Sua política é chamada de desenvolvimentismo, Vargas e Juscelino defendiam a industrialização acelerada como forma de desenvolver e modernizar o país, mas discordavam quanto ao capital estrangeiro.

           Juscelino iniciou seu mandato apresentando o que ele chamou de Plano de Metas, que previa investimentos públicos em cinco grandes áreas: energia, transporte, indústria, alimentação e educação.

          Coerente com seus planos, o governo investiu milhões na indústria de base, construindo siderúrgicas como a Usiminas e Cosipa, hidrelétricas como Três Marias e Furnas, além de portos e mais de 20 mil quilômetros de estradas de rodagens.

          Ao mesmo tempo o governo ofereceu facilidades e incentivos e, com isso, atraiu diversas empresas multinacionais que instalaram fábricas no Brasil para produzir bens de consumo. Entre elas estavam fábricas automobilísticas como a Willys Overland, Ford, Volkswagem e General Motors.  

          A industrialização verificada no governo JK gerou muitos empregos e criou um clima de otimismo, mas não beneficiou igualmente todas as regiões brasileiras, pois o investimento se concentrava no Centro-Sul fazendo com que trabalhadores de todo país, principalmente nordestinos e mineiros migrassem para lá.

          Ao final do mandato de JK, ocorreram eleições presidenciais que foram vencidas pelo advogado e professor Jânio da Silva Quadros e como vice o seu adversário político João Goulart. Quando Jânio Quadros assumiu o governo, a inflação e a dívida externa brasileiras estavam altas, e parte da divida tinha de ser paga ainda naquele ano. Jânio então decidiu restringir gastos. Conseguiu pagar a parcela a vencer e ainda renegociou o restante da dívida, o que fez com que seu governo fosse visto com bons olhos pelo FMI. Contudo estava desagradando à população.

            Jânio surpreendeu a todos, tanto seus eleitores quanto aos opositores quando renunciou ao cargo de presidente. Pela Constituição João Goulart deveria assumir o cargo de presidente, contudo Carlos Lacerda e outros membros da UDN eram contra, levando o país a uma discussão e a uma possível guerra civil. Antes que isso acontecesse, o Congresso propôs uma solução política de que Jango poderia assumir o cargo desde que aceitasse que o país fosse parlamentarista.

          Claro que Jango aceitou, mais tão logo tomou  posse encaminhou um plebiscito para que o povo decidisse acerca do sistema de governo do país. Com mais de 80% de votos os brasileiros trouxeram de volta o presidencialismo e devolveram o poder a Jango.

          O governo Jango foi conturbado, parte do empresariado desconfiava dele e diminuiu seus investimentos na produção, ocasionando queda do emprego. Como chefe de governo, Jango prometeu realizar as reformas de base: agrária, administrativa, bancaria, tributária, eleitoral e educacional.

          Para driblar a reprovação do Congresso Jango passou a governar através de decretos feitos em palanques. No comício do dia 13 de março, diante de milhares de pessoas, o presidente assinou dois decretos de grande impacto popular. Mexendo com a elite que compunha a UDN, empresários brasileiros e norte-americanos.

          A oposição logo tratou de dar uma resposta a Jango e no dia 19 de março do mesmo ano em São Paulo organizou uma manifestação contra as reformas de base proposta por Jango: a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.

           Depois de diversas manifestações de populares e da oposição, em 31de março de 1964, as tropas do general Olímpio Mourão Filho, vindas de Minas Gerais, marcharam em direção ao Rio de Janeiro a fim de derrubar João Goulart. Logo receberam mais apoio e João Goulart não resistiu. Os militares então assumiram o poder afirmando que salvaram o país da anarquia e do comunismo. Era o fim da republica populista e o inicio do Regime Militar.

O general Eurico Gaspar Dutra, candidato da coligação PSD e PTB, venceu as eleições presidenciais por 55% dos votos, outro grande vencedor das eleições de 1945 foi Getulio Vargas, que apoiava o presidente eleito e ele elegeu-se senador por dois estados São Paulo e Rio Grande do Sul. Em 18 de setembro de 1946, foi criada a nova constituição que defendia o Brasil como uma republica federativa presidencialista, garantia ampla liberdade de pensamento, de expressão e de associação, concedia grande autonomia a cada um dos três poderes; permitia o direito de voto a todos os brasileiros de 18 anos, também garantia aos trabalhadores o direito de greve, mas proibia as greves em “atividades essenciais” sendo que na pratica, quase todas as greves eram proibidas. Dutra optou por aliar-se declaramente aos Estados Unidos, por isso rompeu eleições diplomáticas com a União Soviética, cassou o registro do partido comunista do Brasil e os mandatos dos políticos eleitos por esse partido, como o do renomado escritor Jorge Amado. A economia só voltou a crescer quando Dutra restabeleceu o controle sobre as importações ao mesmo tempo em que houve aumento do preço do café no exterior. Vargas também venceu as eleições presidências de1950 ele defendia o nacionalismo, a industrialização e a ampliação das leis trabalhistas com isso obteve 48,7% dos votos . Para apagar da memória dos brasileiros a imagem de ditador e reforçar a de “amigo dos trabalhadores” Vargas voltou a praticar o populismo estabelecendo uma relação direta e emocional com os trabalhadores. Em 1° de maio de 1945, Vargas autorizou o aumento de 100% do salário mínimo. Porem esse aumento forneceu argumento para que o jornalista Carlos Lacerda iniciasse uma campanha difamatória contra Vargas. No final de seus discursos Lacerda exigia a renuncia do presidente. Vargas não renunciou ele preferiu se suicidar em 24 de agosto de 1945 com um tiro no coração. Quando o locutor do telejornal repórter Esso informou que Vargas havia se suicidado, uma onda de dor e indignação percorreu o país, o comercio e a indústria fecharam as portas, uma multidão enfurecida tomou e incendiou os caminhões de entrega de jornais da oposição. Essa foi a queda de Vargas. De Juscelino a Jango: Crescimento econômico e populismo Brasília gerou e continua gerando polêmica: para uns, foi a prova da extraordinária capacidade de realização do presidente Juscelino Kubitschek; para outros, não passou de desperdício de tempo e dinheiro. Lott garante a posse de JK Depois da morte de Getulio Vargas, o povo brasileiro voltou ás urnas e elegeu Juscelino Kubitschek de oliveira como presidente da republica e João Goulart como vice- presidente. Como presidente Juscelino prometeu que o Brasil iria progredir 50 anos em 5. Sua política é chamada de desenvolvimentismo, Vargas e Juscelino defendiam a industrialização acelerada como forma de desenvolver e modernizar o pais. Juscelino iniciou seu mandato apresentando seus planos: que previa investimentos públicos em cinco grandes áreas: energia, transporte, indústria, alimentação e educação. Coerente com seus planos, o governo investiu milhões na indústria de base, bens de consumo e veículos. A industrialização verificada no governo JK criou um clima de otimismo e gerou muitos empregos, mas não beneficiou igualmente todas as religiões brasileiras. Ao final do mandato de JK, ocorreram eleições presidenciais que foram vencidas pelo advogado e professor Jânio da Silva Quadros. Quando Jânio Quadros assumiu o governo, a inflação e a duvida externa brasileiras estavam altas, e parte da divida tinha de ser paga. Janio decidiu restringir os gastos. Janio renunciou ao cargo de presidente, então João Goulart assumiu ao cargo de presidente. O governo Jango foi conturbado, parte do empresariado desconfiava dele e diminuiu seus investimentos na produção, ocasionando queda do emprego. Como chefe de governo, Jango prometeu realizar as reformas de base: agrária, administrativa, bancaria, tributária, eleitoral e educacional. No comercio, diante de milhares de pessoas, o presidente assinou dois decretos de grande impacto popular. João Goulart não resistiu; os militares então assumiram o poder afirmando que salvaram o país da anarquia e do comunismo. Era o fim da republica populista e o inicio do Regime Militar.

sábado, 7 de setembro de 2013

A Era Vargas

É impossível falar de política na história do Brasil, sem citar o nome de Getúlio Vargas. Até hoje nós brasileiros gozamos dos benefícios, principalmente trabalhistas que ele nos deixou como legado. Vargas foi o presidente que mais tempo ficou no poder no Brasil. Seu primeiro governo durou quinze anos, de 1930 a 1945. Este período ficou conhecido como a "Era Vargas" e suas características são as diversas alterações que o então presidente realizou no país nos setores sociais e econômicos.

Até o começo da década de 30, a República Velha vigorava no Brasil, ou seja, o país possuía uma centralização de poder entre os partidos políticos, além da economia cafeeira e a aliança política entre São Paulo e Minas Gerais, conhecida como política do café com leite (a presidência era revezada por presidente mineiro e paulista).
O presidente da época, Washington Luis deveria indicar um mineiro para o cargo, porém apoiou Júlio Prestes, o que causou a conhecida revolta armada, já que a Aliança Liberal afirmava que tudo era uma fraude eleitoral. A situação ficou ainda mais crítica quando o vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa foi assassinado no Recife, Pernambuco. Aproveitando destes incidentes, os getulistas não perderam tempo em culpar seus opositores sem provas. No final do mesmo ano, com a ajuda do exército o poder foi passado para Getúlio.
Vargas usou políticas de modernização, criou novos ministérios (Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde), deu segmento a política de valorização do Café, o PVC, criou o Conselho Nacional do Café e o Instituto do Cacau e a Lei da Sindicalização, cujos sindicatos eram vinculados indiretamente ao presidente.
Um ano depois, um passo ousado de Getúlio quase colocou tudo a perder, ele tinha a intenção de derrubar a Constituição Brasileira, o que deixou a classe média paulista irritada. Para piorar a situação quatro soldados paulistas: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, foram assassinados e então a sociedade passa a apoiar a causa constitucional.
No dia 9 de julho, a revolução acontece, sendo que os paulistas tinham apoio do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O presidente então isola São Paulo, que sem outra opção se rende. É então aprovada a Constituição de 1934 que passa a ter o voto secreto, o voto feminino, ensino primário obrigatório e diversas leis trabalhistas.
Três anos mais tarde, devido aos documentos do Plano Cohen, Vargas conseguiu realizar o Golpe de 1937 derrubando a Constituição e declarando o Estado Novo. O presidente fechou o Congresso Nacional, criou o Tribunal de Segurança Nacional, centralizou o poder e acabou com a liberdade partidária.
Getúlio Vargas saiu do governo após sofrer um golpe militar no dia 29 de outubro de 1945. Apesar de tudo Vargas se sentiu vitorioso, pois além de eleger-se senador viu Eurico Gaspar Dutra, o candidato que apoiou vencer nas urnas.