terça-feira, 7 de outubro de 2014

Regime Militar - 1964 a 1985

Entre 31 de março e 1º de abril de 1964, o presidente João Goulart - que havia assumido a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961 - foi destituído do poder pelos militares, apoiados não só pelas classes conservadoras ou pela elite, mas também por amplos setores das classes médias, descontentes com a crescente influência política de lideranças sindicais esquerdistas no governo federal.
A sublevação militar partiu de vários pontos do país. No dia 1º de abril, Goulart abandonou o poder, ordenou a cessação de toda e qualquer resistência e seguiu para o exílio no Uruguai.

Depois de quinze dias em que a presidência foi ocupada pelo presidente Câmara dos Deputados, Pascoal Ranieri Mazzilli (sob a tutela do alto comando revolucionário), assumiu o poder o chefe do Estado Maior do Exército, general Humberto de Alencar Castelo Branco.

1) Governo Humberto de Alencar Castelo Branco
 

  • abril de 1964 a julho de 1967;
  • suspensão dos direitos políticos dos cidadãos;
  • cassação de mandatos parlamentares;
  • eleições para governadores passam a ser indiretas;
  • dissolução dos partidos políticos e criação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), que reuniu os governistas, e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que reuniu as oposições.
  • nova Constituição entrou em vigor (janeiro de 1967);
  • proibição de greves.
    2) Governo Arthur da Costa e Silva
     
  • março de 1967 a agosto de 1969;
  • enfrentamento da reorganização política dos setores oposicionistas;
  • radicalização das medidas repressivas (promulgação do Ato Institucional nº 5);
  • Costa e Silva foi afastado por motivos de saúde e substituído, durante dois meses, por uma junta militar.
    3) Governo Emílio Garrastazu Médici
     
  • novembro de 1969 a março de 1974;
  • o mais repressivo do período ditatorial;
  • organizações clandestinas de esquerda foram dizimadas;
  • "milagre econômico": fase áurea de desenvolvimento do país, com recursos investidos em infra-estrutura;
  • crescimento da dívida externa.
    4) Governo Ernesto Geisel
     
  • março de 1974 a março de 1979;
  • crise mundial do petróleo, recessão mundial, escassez de investimentos estrangeiros no país;
  • MDB consegue expressiva vitória nas eleições gerais de 1974;
  • início da distensão lenta e gradual;
  • militares extremistas ofereceram resistência à política de liberalização;
  • revogação do AI-5 e restauração do habeas corpus.
    5) Governo João Baptista de Oliveira Figueiredo
     
  • março de 1979 a março de 1985;
  • aceleração do processo de liberalização política (aprovação da Lei de Anistia);
  • restabelecimento do pluripartidarismo;
  • resistência de militares extremistas;
  • aumento dos índices de inflação;
  • recessão;
  • movimento Diretas Já;
  • Colégio Eleitoral (formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal) escolheu o deputado Tancredo Neves como sucessor, que veio a falecer. Em seu lugar assumiu o vice-presidente, José Sarney.

sábado, 7 de junho de 2014

A Revolução Russa

A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).



Rússia Czarista

Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.


A Revolução compreendeu duas fases distintas:


  • A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.


Czar da Rússia Nicolau II

  • A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.


1º presidente do Partido Bolchevique e líder da União Soviética Vladmir Ilitch Ulianov
Lênin


O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.
Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.
Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força. 

O aumento do poder dos Bolcheviques

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.
Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.
Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.


O novo governo

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lênin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.



Líder da União Soviética Josef Stalin
Josef Stalin foi o dirigente máximo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de 1929 a 1953. Governou por meio do terror, embora também tenha convertido a URSS em uma das principais potências mundiais.
A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).


A guerra civil

O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I Guerra Mundial, através do acordo de Paz de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que terminariam em 1920, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército Branco antibolchevique.
Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficialmente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios étnicos do antigo Império russo.

Significado da palavra czar

A palavra czar, que se pronuncia-se “tzar”, tem suas origens no título de césar  que era concedido aos imperadores romanos, na Idade Antiga.
Na Idade Média, o título de czar era ostentado também por soberanos búlgaros e sérvios.

sábado, 10 de maio de 2014

PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL



Antecedentes

Vários problemas atingiam as principais nações europeias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

O início da Grande Guerra

O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

Política de Alianças

Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.

Desenvolvimento. 

As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.

Fim do conflito

Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

sábado, 5 de abril de 2014

Industrialização e Imperialismo

Segunda fase da Revolução Industrial: 

      Durante o século XIX a Europa, o Japão e os EUA tiveram um grande crescimento capitalista devido a forte aceleração na indústria. Esse período ficou conhecido como segunda revolução industrial, que se caracterizou por um período de grandes descobertas que puderam ser aplicadas a indústria, ao transporte, e a comunicação.

Na indústria: 


        Descoberta de um novo processo de fabricação de aço (1856); invenção do dínamo (1870); invenção do motor de combustão (década de 1870).

No transporte:


 Aumento progressivo das ferrovias, e uso do barco a vapor e da locomotiva. Ao mesmo tempo o aproveitamento do petróleo e seus derivados (gasolina e diesel) como fonte de energia permitiu a Henry Ford e a Karl Benz a construção dos primeiros automóveis.

Nas comunicações: 


            A Invenção do telégrafo e do telefone.

  O Imperialismo:


      Apartir de 1870 as potências capitalistas como EUA, Japão e Grã Betanha começaram a competir pelas colônias da Ásia, África, América Latina e Oceania. Essa determinação por domição ficou conhecido como Imperialismo ou Neocolonialismo. Eles queriam (principalmente): Oportunidade de investimentos para seus capitais, mercados produtores de matéria-prima e mercado consumidor, além de ouro, diamantes e privilégio para o seu comércio.

Teorias racistas no século XIX:
     Para justificar a dominação Imperialista sobre os outros povos os europeus elaboraram um conjunto de teorias racistas, que diziam que o europeu era superior aos "povos de cor". No século XIX essa teoria foi classificada como cientifica. Então os europeus sentiram-se com o direito de intervir na cultura de outros povos, dizendo que tinham uma missão civilizatória, ou seja, como consequência destruiram a cultura de outros povos impondo a cultura européia.

A África entre os séculos XVI e XIX:

 
     Entre os séculos XVI e XIX a África cresceu populacionalmente e houve melhorias na produção agrícola. Devido a esse crescimento houve muitas procuras por terras férteis, consequentemente passou a ter guerras entre os pequenos reinos africanos, que viraram grandes reinos como: Luanda e Costa do Ouro.
















O imperialismo na África: 


      Em 1880, 10% do território africano estava ocupado pelos europeus; em 1900 os europeus já tinham se apoderado de 90% da África.

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcROZwnquVgwXqPaJghsOcWlyagCKQAP6H_Ry53FwpmiRg_qNAEFFranceses na Argélia:


     Por volta de 1830, os franceses instalaram na Argélia protetorados. Posteriormente assumiram o poder e forçavam as pessoas daquela localidade a trabalhar nas culturas de verduras, frutas, entre outros, destinados a exportação. Missionários e educadores foram para a África com o objetivo de impor sua religião, acreditando-se que seria superior as outras.

Belgas no Congo: 


     Em 1884, usando a força e a diplomacia, o rei Leopoldo II, da Bélgica, transformou o Congo, um território dezenas de vezes maior do que a Bélgica, em uma propriedade particular dele. Explorando a mão de obra africana, Leopoldo II extraiu da África uma grande riqueza de marfin e borracha. A dominação do Congo envolveu a morte de cerca de 10 milhões de africanos. Depois, sob pressão, Leopoldo II saiu do poder, que passou a ser administrado pelo governo Belga.

Britânicos na África: 

 
      A Grã-Bretanha foi um dos países que lideraram a corrida pela África. No Egito, os britânicos estabeleceram um protetorado, aproveitando-se de que o Egito estava endividado. No Sudão, os britânicos usaram a violência. Os sudaneses reagiram, travando com eles a chamada guerra santa. Mas acabaram sendo derrotados, graças a superioridade bélica. Além do Egito e do Sudão, os ingleses apossaram-se também da Uganda, da África Ocidental e da Rodésia.

A Conferência de Berlim:   

 

     A corrida imperialista gerou tenções que ameaçavam a paz na Europa. Para evitar a guerra, as potências européias decidiram estabelecer as regras da partilha da África, na Conferência de Berlim, na Alemanha, em 28 de fevereiro de 1885. Nessa conferência as grandes potências fizeram um novo mapa da África, o que atendia os seus interesses. Esse mapa fixaria fronteiras artificiais.

Partilha da Ásia:


            A Ásia também foi alvo do imperialismo das potências ocidentais.

Britânicos na Índia: 

 
     Os britânicos desembarcaram na Índia no século XVII. Aos poucos foram desalojando comerciantes de outros países europeus. Nessa época os ingleses compravam da Índia tecidos finos, como a musselina e o cânhamo, e revendiam na Europa com grande lucro.
     Por volta de 1750, os inglesas se apossaram da Índia, e sua primeira atitude foi acabar com a Revolução Industrial indiana: eles aumentaram os impostos sobre o tecido indiano. Com isso houve o aumento do preço. Ao mesmo tempo os ingleses começaram a vender tecido para a Índia. Consequentemente as tecelagens indianas faliram.


     A opressão inglesa sobre a Índia, e a população empobrescendo, provocaram revolta no país, a chamada Revolta dos Sipaios. Os Sipaios foram derrotados graças a superioridade bélica dos ingleses. Aproveitando-se disso, os ingleses tomaram o governo indiano diretamente. Anos depois, a Rainha Vitória, da Inglaterra, foi proclamada imperatriz da Índia.

Britânicos na China:

 
     Quando o europeu Marco Polo chegou na China, no século XIII, os chineses eram autossuficientes e não se interessavam nos produtos ocidentais. Porém, os europeus tinham bastante interesse nos produtos chineses, como a seda e o chá. Do século XIII ao XVIII o lucro foi sempre favorável a China. Mas, por volta de 1820, a situação se inverteu. Isso aconteceu pelo fato de que os comerciantes britânicos estavam vendendo em grande quantidade uma droga chamada ópio, para os chineses.
     Embora na China fosse proibido o consumo de ópio, os britânicos ainda continuavam vendendo. Essa droga acabava com a vida dos chineses viciados e prejudicava muito a própria China. Então o braço direito do Imperador, Lin Zexu, escreveu uma carta para a Rainha Vitória ,da Inglaterra, falando a respeito da proibição da venda de ópio na China. A rainha nada respondeu. Os chineses reagiram: jogaram 1400 toneladas de ópio no mar. Dessa vez a rainha respondeu com guerra: a Guerra do Ópio. Os ingleses ganharam.