Durante
as Guerras, costuma-se dizer que as fronteiras são fixas, já que o motivo dos
conflitos é, muitas vezes, a conquista de territórios. No Brasil, temos vários
exemplos dessa disputa por territórios – até pouco tempo atrás, o território
correspondente ao estado do Acre não fazia parte do território brasileiro, e se
voltarmos um pouco mais no estudo das formas do mapa do território brasileiro,
veremos que ele foi tendo sua forma alterada ao longo das décadas e séculos.

Essa mesma
transformação de território ocorreu na então União Soviética, só que ao invés
da incorporação de novos territórios, ocorreu a divisão do território existente
em federações. Mas porque ocorre essa divisão? Quais foram às federações que
surgiram nesta divisão? Qual o estado atual dessas federações? Descobrimos no
texto abaixo.
Antecedentes da dissolução
Após
todos os episódios ocorridos durante a I e II Guerra Mundial, a União
Soviética, país vizinho à Alemanha e alvo de várias tentativas de invasões,
havia se tornado uma das maiores potências em termos de armamento bélico do
mundo, já que as Guerras exigiam um arsenal de armas, tanques e outros produtos
indispensáveis às batalhas.
Apesar do
grande inimigo, Hitler e sua Alemanha nazista, ter sido derrotada, a tensão
crescente entre a União Soviética e os Estados Unidos, na época as duas maiores
potências do mundo, culminou na Guerra Fria, que perdurou por mais de 45 anos e
consistia não em batalhas físicas e sangrentas como tinha sido as duas Guerras
Mundiais, mas sim em sanções diplomáticas e criação de armas de ataque em
massa, notadamente as nucleares, durante o período em que ocorreu.
Os
avanços feitos durante a Guerra Fria foram possíveis graças ao bom momento
econômico que a URSS, um país comunista, ou seja, não aberto para o mercado
internacional, vivia na época. O auge desta prosperidade foi entre os 50 e 60,
quando houve uma oferta maior de bens de consumo para a população, um maior
número de moradias disponíveis e o grande trunfo do país: a vanguarda na
corrida espacial (a URSS conseguiu mandar uma nave para o espaço antes dos
Estados Unidos, seu grande inimigo à época).
No
entanto, nos aos 70 o cenário começa a se alterar. A indústria bélica estava
ultrapassada, a população não tinha acesso aos bens de consumo propiciados pelo
capitalismo moderno e a agricultura, por falta de tecnologia e inverno
rigorosos, ia de mal a pior. Nos anos 80 se observa um agravo desta crise, pois
o recém-eleito presidente dos EUA, Ronald Reagan, ultraconservador, começou armar
guerrilhas para combater o que considerava seu maior inimigo, que enfraquecido
pela crise não tinha forças para lutar. Começa assim o fim da União Soviética.
A dissolução
Em meados
dos anos 80 Mikhail Gorbachev assume o comando da União Soviética. Por não ter
participado nem da Revolução Russa e nem da II Guerra Mundial, era um líder que
conhecia de perto os problemas do país e sabia o que precisava ser feito.
Assim, elaborou duas estratégias: a perestroika, que visava maior liberdade às
empresas de capital privado; e a glasnost, que visa dar maior liberdade de
expressão à população.
No
entanto, ele sofreu um golpe de estado por membros mais conservadores do
Partido Comunista, que não durou muito, já que os contra golpistas reverteram o
golpe e liberaram Gorbachev da prisão. No entanto, já não havia possibilidade de
ele voltar ao governo, pois impulsionado pela glasnost e pela deterioração da
imagem do Partido Comunista devido ao golpe, a população não permitiu mais sua
atuação.
Assim,
Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, no ano de 1991, decidiram pelo fimda União
Soviética e a criação de estados autônomos. São eles:
- Rússia;
- Ucrânia;
- Bielorrússia;
- Moldávia;
- Geórgia;
- Armênia;
- Azerbaijão;
- Cazaquistão;
- Turcomenistão;
- Tajiquistão;
- Uzbequistão;
- Quirguistão.
Além
dessas, há também a Estônia, Letônia e a Lituânia, que já haviam declarado
independência mesmo antes do golpe conservador do Partido Comunista. Nos anos
90, esses países, em especial a Rússia, passaram por grandes dificuldades econômicas,
que foram superadas graças a exploração de petróleo já no governo do atual
presidente do país, Vladimir Putin.
Apesar do
fim da União Soviética, a influência dos ideais pregados durante o comunismo
ainda é imensa, a exemplo da Guerra Civil que ocorre na Ucrânia, ocasionada
pelo combate entre grupos armados que defendem uma maior proximidade do país
com a Rússia (primordialmente os habitantes da região leste do país) e aqueles
que defendem uma maior autonomia (região oeste do país). Apesar de não ser
considerada uma guerra internacional pelos órgãos competentes, a guerra na
Ucrânia é reconhecida por ser habitantes como uma guerra pró ou contra Rússia.
Resumindo
tudo o que foi dito, podemos dizer que o fim da União Soviética foi a única saída
para levar uma melhor qualidade de vida para a população da região mergulhada
em uma crise profunda. Pouco a pouco Cuba, que era um país comunista até
recentemente, vai se abrindo ao mercado, como fizeram as nações criadas com o
fim da União Soviética.