A palavra lógica pode
denotar tanto um conjunto de regras racionais para a obtenção de um
conhecimento quanto a área da filosofia que estuda a validade
formal das proposições linguísticas e matemáticas.
A lógica, enquanto propriedade
linguística, não se preocupa com a veracidade dos enunciados, mas com a
validade formal lógica, ou seja, com a possibilidade de sentido da frase dada
por sua estrutura. Se a estrutura de uma frase é correta, isto é, se ela segue
um padrão formal correto, podemos dizer que a frase é logicamente válida.
Na matemática, é a lógica que
garante a estrutura formal racional das equações e demais elementos
matemáticos que, de algum modo, relacionam-se.
Não podemos dizer que a lógica
em si foi criada, mas sim descoberta. Desde que existe racionalidade, a lógica
existe. Quem a descobriu foi Aristóteles. As suas criações dizem respeito
apenas à nomenclatura que ele deu e ao estudo sistemático daquilo que era a
lógica. A lógica aristotélica, também chamada de lógica clássica,
sustenta-se com base em princípios racionais e nos silogismos.
Onde surgiu e quem é o criador
da lógica?
Os estudos de lógica foram
iniciados por Aristóteles, entre 384 a.C e 322 a.C., na Grécia Antiga.
Esse grande pensador percebeu que a maior distinção entre o ser humano e os
demais animais é a linguagem. Ele também notou que há uma estrutura linguística
que deve ser obedecida para que os enunciados tenham sentido.
Essas percepções fizeram com
que o filósofo formalizasse uma ciência capaz de entender e classificar os
elementos que permitem os enunciados linguísticos com sentido e validade,
fundando a lógica.
Lógica aristotélica
As investigações de
Aristóteles acerca da lógica fizeram-no descobrir que todo o conhecimento
válido emitido por enunciados deve respeitar três princípios básicos. São
eles:
Princípio da identidade: é
o que enuncia as identidades dos seres e das coisas. Por meio do verbo ser, o
princípio diz o que certa coisa é. Como exemplo, podemos dizer “A é A”. O verbo
ser conjugado na primeira pessoa do singular, destacado em vermelho, é o
elemento que denota a identidade do objeto. Para pegar um exemplo mais
palpável, podemos dizer “isto é um texto”, indicando que a identidade desse
objeto a que nos referimos é a categoria “texto”.
Princípio da não-contradição: este
princípio elementar diz que a identidade de algo não pode ser ela mesma e não
ser ela ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. A sua formulação pode ser pensada
da seguinte maneira: não é possível que algo seja e não seja aquilo que é, ao
mesmo tempo e sob o mesmo aspecto. É impossível que isto seja um texto e não
seja um texto ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.
Princípio do terceiro excluído:
algo é ou não é e não há terceira possibilidade. Pensando com base na
identidade e na não contradição, podemos afirmar que isto é um texto ou não é
um texto, não havendo outra possibilidade. Se isto for um automóvel, por
exemplo, deixa de ser um texto, encaixando-se na segunda possibilidade.
Os silogismos são a
expressão máxima da lógica aristotélica. Silogismo é uma estrutura linguística
dedutiva, baseada em premissas e uma conclusão. Como estrutura dedutiva, o
silogismo deve ter uma premissa maior, uma premissa menor e, a partir delas, a
conclusão.
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/logica.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário