Em
15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheu para seu sucessor
Tancredo Neves, da oposição, tendo como vice José Sarney.
Gravemente
enfermo, não pôde Tancredo Neves tomar posse em 15 de março. José
Sarney assumiu a presidência interinamente, e em caráter definitivo em
21 de abril, quando da morte de Tancredo Neves.
Já
com o ministério formado, Sarney deu curso às linhas do programa da
Nova República, tanto no âmbito nacional como no internacional. Em fins
de dezembro de 1985, enviou ao Congresso os projetos de convocação de
uma Assembléia Constituinte e de um pacote econômico de ampla
formulação.
Fato
importante foi a eleição, em 15 de novembro de 1985, de prefeitos para
as capitais de Estados e territórios, estâncias hidrominerais e
municípios considerados de interesse para a segurança nacional.
Em
1986 o governo decretou um conjunto de medidas econômicas de choque
antiinflacionário (entre outras, congelamento de preços e salários por
um ano e a substituição do cruzeiro pelo cruzado como unidade monetária,
valendo este 1.000 cruzeiros), mas sem sucesso a longo prazo. O
Congresso, eleito em 1986 com atribuição de órgão constituinte, entregou
a nova Carta (a sexta Constituição da história do País), promulgada em 5
de outubro de 1988. Nela, aparecem alguns notáveis avanços em relação
às anteriores, principalmente quanto aos direitos civis, sociais e
políticos dos cidadãos.
Em
1989, pela primeira vez desde 1961, houve eleições diretas para a
presidência da República. O segundo turno foi vencido por Fernando
Collor de Mello, do Partido de Reconstrução Nacional, que atacava as
elites sociais e enfatizava a modernização econômica do país.
O
início do governo Collor foi marcado por reforma na estrutura e divisão
dos ministérios, por um plano econômico de impacto (inclusive com a
volta do cruzeiro como unidade monetária), que conteve tendências
hiperinflacionárias, e por uma forte recessão. A proposta de
modernização econômica e administrativa (diminuição de gastos públicos,
privatizações de empresas estatais) esbarrou em dificuldades devidas
principalmente às divergências entre o Executivo e o Legislativo,
levando a uma reforma geral do Ministério, no início de 1992.
Em
meados do mesmo ano, denúncias de corrupção no governo geraram forte
instabilidade política, culminando com o pedido de impeachment
(impedimento) do presidente Collor. Aprovado pela Câmara dos Deputados
em 29 de setembro, o pedido foi encaminhado ao Senado, que abriu o
processo e afastou o presidente.
Assumiu
interinamente o vice-presidente eleito Itamar Franco. No dia 29 de
dezembro de 1992, ao iniciar-se a sessão no Senado que julgaria a
questão do impeachment, o presidente Collor renunciou e, imediatamente
após, Itamar Franco tomou posse definitiva na presidência da República
para cumprir o restante do mandato.
Após
100 anos de proclamação da República no Brasil, uma consulta popular
permitiu à totalidade dos cidadãos brasileiros optar, quanto à forma de
governo, entre a República e a Monarquia, e, quanto ao sistema de
governo, entre o Presidencialismo e o Parlamentarismo. Em 21 de abril de
1993, os brasileiros votaram pela República Presidencialista.
No
final de 1993, o ministro da Economia, Fernando Henrique Cardoso,
apresentou à nação um plano de combate à inflação, a essa altura na casa
dos 40percent ao mês. O plano consistia na criação de um Fundo Social
de Emergência (F.S.E.), que reduzia a receita de Estados e Municípios, e
a criação da Unidade Real de Valor (U.R.V.), um indexador diário do
Cruzeiro Real, a ser posteriormente substituída por uma nova moeda ? o
Real ?, implantada em julho de 1994.
As
eleições gerais de 1994 elegeram simultaneamente o presidente da
República, todos os governadores de Estado, dois terços dos senadores,
todos os deputados federais e todos os deputados estaduais.
Fernando
Henrique Cardoso, candidato pelo coligação formada pelo Partido da
Social-Democracia Brasileira (P.S.D.B.) e pelo Partido da Frente Liberal
(P.F.L.), foi eleito presidente da República no primeiro turno, e
assumiu a presidência em 1.º de janeiro de 1995.
O
início de governo de Fernando Henrique Cardoso foi marcado pelo
aprofundamento de reformas: ajustes no plano econômico que mantêm a
inflação em baixo patamar, privatização de empresas estatais e reforma
da Constituição.
Em 1997, foi aprovada pelo Congresso Nacional a emenda da reeleição para presidente, governadores e prefeitos.
Em
1998 o presidente Fernando Henrique Cardoso foi reeleito para um novo
mandato. Desde então, o período é conturbado por desavenças politicas,
demonstrando o grau de corrupção de alguns integrantes dos três
poderes.
Por
outro lado, o plano real, paralisou o crescimento econômico com os
juros elevados, o poder aquisitivo da população, reduziu-se a patamares
inferiores aos de 1994, e o país entrou em depressão causando enorme
desemprego.
A
moeda vigente continua se desvalorizando fortemente em relação ao
dólar americano, e o país declara a falência gerencial do governo,
incapaz de solucionar a demanda energética nacional, apesar dos
abundantes recursos hidrícos, solares e biologicos disponíveis no
territorio brasileiro.
O
país que comemora 500 anos do descobrimento, continua numa posição
secundária frente as grandes nações, devido a fraca politica
internacional e inespressiva presença no cenário econômico.
Em 2002, foi eleito presidente, o primeiro candidato da classe trabalhista, Luis Inácio da Silva, o Lula.
A
ascensão do Partido Trabalhista ao poder, criou grande esperança junto a
sofrida população, que após 500 anos de imposição política, despertava
para a possibilidade de mudar o Brasil.
O
governo trabalhista, falhou durante o primeiro mandato, ofuscado pela
velha e estabelicida corrupção enraizada na burocracia nacional, como um
câncer maligno, que transforma células sadias em tumor, ao simples
contato.
Apesar, da corupção que absorveu parte do Partido Trabalhista, o Presidente Lula conseguiu se reeleger para um segundo turno.
O
Brasil, palco da agonia social, protagoniza cenas de violência
cotidiana. O jovem, esperança sem esprença, o político da indiferença, o
abuso, a falta de vergonha, faz os versos do compositor Chico Buarque
tornarem-se amis atuais do que nunca, pois o que não tem governo e nunca
terá, o que não tem juizo e nunca terá, é, não obstante, do potencial
natural, uma vergonha....
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